domingo, 2 de setembro de 2007

O Rugby e a preguiçosa, ou Como o Rugby Entrou na Minha Vida.




Vou contar para vocês como o rugby entrou na minha vida. Não será uma história cheia de emoções e detalhes, corre até o risco de não ser interessante (eu aposto mais na última opção).
Tudo começou no mesmo ano que a temporada onde Ross namorou a Emily no Friends, lembram? Ela era inglesa e ele foi jogar uma partida no parque com os amigos dela. Voltou todo machucado. Achei aquele negócio interessante, mas por ser comodista não fui procurar.
Anos se passaram e eu passei no vestibular, mas o meu interesse por aquele esporte que o Ross jogou no Friends nunca morreu, quer dizer... dormiu um sono bem profundo, quase um coma, mas morrer mesmo não morreu.
Ao entrar na Cásper Líbero, a faculdade que sempre intentei, a única, resolvi que tenho ritmo e coordenação e fui pra bateria. Um mestiço muito louco, que não combina meias com tenis e usa roupas legais, tocador de tamborim e estudante de jornalismo sempre dizia como queria trazer o rugby pra Cásper. Que tinha que ter um time de rugby na Cásper. Um narigudo italiano, tocador de repenique, já formado em PP, mas ainda membro da amada bateria casperiana concordava. E eu só ouvia.
No bar pós JUCA 2006, reunindo a bateria, o bonde dos rebeldes e o pessoal da costa do marfin (não que isso importe), o mestiço e o italiano estavam mais do que nunca decididos a fazer isso dar certo e eu apenas perguntava "vai ter pra menina?", "menina pode ir?" e eles respondiam que sim.
Os contatos foram feitos, o treinador aceitado, os alunos avisados e o primeiro treino oficial foi marcado para um sábado a tarde na praça da paz, entre os bambus, no parque do Ibirapuera. Consegui minha carona com um veterano meu e lá fui eu: treinar.
Chegando lá, apenas alguns garotos e um senhor simpático estavam parados entre os bambus. Os meninos se prepararam para correr e o treinador, o senhor simpático, me perguntou se eu iria treinar também, respondi um tímido sim e ele me mandou correr. Corri, quase morri, fiz passes, quase morri, corri mais e quase morri mais uma vez. Mas a paixão nasce em qualquer circunstância e o amor sobrevive.
A paixão nasceu naquele sábado ensolarado de muito cansaço, o amor veio logo depois e continua até hoje. E eu, como o amor, sobrevivi.

Um comentário:

andrechaos disse...

hahaha tu foi bem corajosa de se meter no meio de um monte de homens que poderiam arrancar sua orelha.

mas eh do caralho fazer essas coisas que a gente curte, eh tipo o fut-forum de todo sabado. hahah

sobre o air guitarrista, eh um dos grandes orgulhos da minha vida. hahaha

http://blog.andrechaos.com