quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Só mais dois feriados.

Aí vem o aniversário de São Paulo, mas não me perguntem quantos anos a cidade está fazendo. Gosto daqui como gosto de dormir, mas pra mim já basta conhecer algumas de suas partes, alguns de seus pedaços. Dei um google: o site de música da UOL diz que são 454 anos e que terá show da Beth Carvalho. Você vai? Eu não vou, vou estar viajando... Só não sei se será na praia com a ou na chacara da minha vó em São Roque com meus pais.
Na praia vai ser gostoso, a Fê deixou no meu msn enquanto eu estava capotada na cama que um amigo dela também vai e que será bacana, mas na chacara poderei dormir a vontade, avançar umas talvez 200 páginas no russo que se sente abandonado e sei lá...
Quando a gente ver já é dia 28 e em alguns dias será o carnaval. Por que o carnaval é tão cedo esse ano? Fim de semana de desfiles, segunda que passa voando, terça que vem e ninguém viu. Quarta-feira de cinzas. E daí?
Daí acabou, minha gente. Daí se foram as férias, daí chegou o derradeiro dia do trote, que esse ano só intento em ter meu copo cheio de cerveja. Adeus bixos, adeus tinta, adeus farinha. Vem em mim terceiro ano.
Eu que não fui viajar nem até a praia pra molhar e melecar os pés, que não soube o que é pegar estrada e que não vi as arvores passando rápido. Planejei viagem miada de rugby pra Curitiba que aconteceria aí agora nesse primeiro feriado. Fiquei em casa em pseudo-meus-computadores sem poder fazer download, tendo que me logar toda vez nesses malditos sites e que eu sempre confundo a senha.
Só mais dois feriados e tudo isso acaba, daí é hora direção de arte, edição, interpretação e curriculos sendo enviados na loucura e velocidade com que as horas passam. Só mais dois feriados pra eu ouvir em paz a rádio da tag post-rock do last.fm

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Endorfina, eu te amo.

Eu odeio o clima das academias. São grandes, expansivas, frias e nem um pouco amigaveis. Parece que pra gente que tá fora de forma, ali não é o lugar pra gente estar. Minha vida inteira eu me matriculei em academias para fugir delas. Desde os 13 anos eu vou lá pra tentar emagrecer, vou 15 dias, enrolo os outros 15 e nunca mais volto. O mais engraçado é que eu vou lá pra entrar em forma, mas não entro no ritmo e quando volto pra acadeia (seis meses, um ano, dois anos depois...), eu to mais fora de forma ainda!
O rugby me cobra uma boa forma fisica bem mais do que qualquer outra atividade ou pressão psicologica já me cobrou. Ironicamente eu estou mais gorda que nunca, mas é chegada a hora de tomar vergonha na cara e correr de braços abertos pra endorfina. Afinal, não há chocolate no mundo que me faça me sentir melhor que uma boa corrida, ou depois que eu fiz força. Não há, simplesmente não há.
Aliando a minha sede por chutar bundas no rugby, com a pressão psicologica da minha mãe, mais meu gosto pelas endorfinas fui pra academia. O plano inicial era ir lá, fazer tudo com má vontade e no final curtir meu bem estar pós exercicio, mas após me matricular eu acabei subindo até o shopping e comprei um chinelo lindo e quando eu desci pra academia novamente era o horário da aula de bike.
Há quem chame aquilo de spinin, whatever, entrei na sala com a minha mãe e já tinha gente pedalando. Escolhemos as bicicletas lá do fundo pra ninguém ver a gente não aguentando, ajustamos os bancos, subimos na meninota e nos pusemos a pedalar. 5 minutos depois entrou o professor todo simpático, fazendo a gente prometer que acontecesse o que acontecesse a gente não ia parar de pedalar. Ele ligou um putz-putz genérico e contagiante e gritou "Pedala! Quero ver giraaaar!". Pedalei horrores, sem parar por 45 minutos, as vezes com muita carga, as vezes sem carga nenhuma, parecia que eu ia sair voando como naquela cena do E.T., foi lindo.
A sala é um lugar separado do restante da academia, com as paredes altas e pintadas de azul escuro ela fica toda fechada, o que permite que o professor ligue a música super alto. O clima é extremamente envolvente! Todo mundo tá lá fazendo a mesma coisa que você, no mesmo ritmo que você, o professor tá lá na frente te motivando e chega uma hora que ele apaga a luz. Você fica na luz negra pedalando sem parar, o mais rápido o possível e daí ele liga o estroboscópio e você tenta pedalar na velocidade em que a luz pisca. É lindo.
To achando tudo tão lindo também porque estou repleta de endorfina ainda. E olha, serei aluna presente em todas as aulas de bike, porque libera uma endorfina fudida e endorfina, eu te amo.

Ah sim, voltei pra academia e além da bike também vou puxar peso e afins. Vem endorfina, vem!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Acho feio demais.

As pessoas falam o que querem sobre a ordem de qualquer coisa, tipo... hm... relacionamentos. Falam o que pensam, ou o que não pensam. Falam mais sobre o que na realidade gostariam de fazer.
Eu não vou mais acreditar no que dizem por aí, nas histórias que me contam sobre o jeito de pensar ou de agir em determinadas situações. Vou cuidar também pra não cair no erro e ser péga no flagra falando o que não faço.
Acho feio demais.

domingo, 6 de janeiro de 2008

O primeiro do 2008

Nem Dostoiévski está sendo capaz de prender minha atenção. Olho pro lado, fecho o livro. Um copo rouba meus pensamentos e minha concentração. Já conheço essas histórias, a do livro e a da minha cabeça. Não sei como a primeira se desenrola nem como acaba, mas a que me rouba a concentração... essa eu já vim, vi e venci. Milhares de vezes.
Digo pra minha amiga de infancia e que veio me visitar, que preocupação com o já acontecido só serve para causar gastrite. "Ó a gastrite, Tata, ó a gastrite". Mas na minha vez fico remexendo, remoendo e reclamando, ainda. E é assim sempre, não? A preocupação que a gente manda o outro esquecer, mas não para de pensar; a atitude que a gente manda o outro tomar, mas que a gente mesmo nunca toma; o regime que os outros nos mandam fazer, mas continuam se empanturrando de comida... enfim.
Esse 2008 era pra ser diferente, não era? Foi o que eu disse. "Você não precisa esperar o ano mudar pra mudar também". O ano mudou já... eu não mudei nem antes, nem depois dele. Não to falando que o ano está perdido (ele nem começou, afinal), mas coisinhas pontuais que se eu não começar a fazer agora, será como em todos os outros anos.
Fechei o livro de novo, penso em fazer algo nesse domingo a noite. Fazer o que? eu nunca faço nada nos domingos a noite...