quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Boletim informativo.

Já estou de férias e entediada. Passei em tecnologia, precisava de 7.0, vim com 7.5... Falei pra Flora que eu era quem ia foder com o Donato e não o contrário. Me fodi em economia, por azar do destino, me fodi. Dia 18 tem exame e eu to colada nesse rolê.
Eu quebrei meu moden na segunda a tarde e por isso fiquei até ontem a noite sem entrar na internet. Segunda eu também fui assaltada junto com a sarah, voltando do curso de figurino (que acabou) ali no pontilhão do ibirapuera que atravessa pro DETRAN. O noinha levou nossos celulares, mas eu fiquei com o chip, quando eu comprar um aparelho eu aviso, e vocês podem voltar a discar pro mesmo numero de sempre.
Terça eu vi 5 filmes: Tudo pela fama, que é bem ruim, mas tem um desfecho hilário. Ou talvez eu gostei por adorar explosões. Depois eu vi o meu heroi, Napoleon Dynamite. Daí eu assisti mais uma vez também o ultimo filme do Harry Potter, que eu adoro hahahaha. De noite eu fui ao cinema com meu pai e vimos O Reino, com o Jamie Foxxx e a mina do Alias lá. Eu gostei do filme, mas diferente do Tudo pela fama, nao gostei muito do desfecho. Daí chegamos em casa e tava começando o Volver. Assim também.
Ontem fui até a Cásper pegar meus trabalhos (8.5 no meu artigo sobre o Faustão. uhul) e aproveitei pra ir ao cinema com o Telefone e a Claudinha nhunhu. Vimos o ótimo The Darjeeling Limited, ou se vc preferir, A viagem para Darjeeling. Amigos, que filme bom! Taí a dica, o filme é do Wes Anderson, diretor de vários filmes legais, tipo o Steve Zissou e os Tenenbaums.
Hoje ainda nao vi nenhum filme. Nao sei porque fiquei aqui o dia inteiro. E enquanto penso mal do mundo, lembro que faço parte dele.

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Vão se fuder.

HAHAHA, apertei enter sem querer e o post foi pro ar sem eu escrever nada.
E o título? Tão gratuito uma ofensa, não? Palavrões ainda ofendem? No meu vocabulario onde porra, foda-se e caralho são virgulas e "ofensas" como cretino, otário e imbecil são chamamentos carinhosos o que eu preciso usar quando quero ofender alguém?
Mas não se enganem, não não não... Eu sou muito meiga. Juro pra vocês. Tá dificil encontrar alguém tão carinhoso quanto eu. Juro mesmo que sou fofa. Eu sou linda... E falando em lindo, fofo e meigo, vocês já ouviram Shout Out Louds?
Se eu soubesse colocar link, eu o faria, colocaria um link direto pro site deles (www.shoutoutlouds.com/ e arrasa no ctrl+c ctrl+v) pra vocês se deliciarem. O Augusto não gostou não, falou que o vocal é meio Robert Smith, mas ruim. Eu achei o vocal gostoso e acolhedor, as batidas e levadas são na medida certa e tudo isso combinado com as letras só me faz gostar e muito. É de estampar o sorriso no rosto.
Banda meiga, de pessoas meigas, fazendo musicas meigas. Nhu-nhu!
Eu tava no lirycsmania, dando uma conferida e achei uma bio que não achei no site da banda... e acho que foi a melhor bio que já li há muito tempo.

"Hello. We are four boys and one girl from Stockholm in Sweden and we play music together in a band. We used to call our band Luca Brasi but because of another band who also called themselves Luca Brasi, that name now sleeps with the fish. These days we call our band Shout Out Louds. (...) Then they fed us pizza, flavoured vitamin water, violet candy and chicken with parmesan which we all liked alot except for our singer who is not very fond of cheese so he only liked it a little. Then they let us play for a bit on Mr Nat King Cole's piano and then they signed us. That made us very happy so we drove to the beach and went for a swim. Then we went back to Sweden. Since then many things have happened. Ted has cooked food for us which we ate directly from the table but on newspapers, Eric burned his hand on a strange thing which made it grow probably two sizes but it got smaller again soon enough, Carl moved from the knife-south, Bebban decided to never speak again but failed, and Adam went to a wedding dressed like a king. "

Eu conheci a banda de um jeito bonito também... (not). Fiat Punto sendo lançado, propaganda onde o cara lá vive no Second Life e sonha com a vida real pelo computador (devo falar pra vocês que acho bem meio mongol, mas talvez pelo fato de odiar o SF, se bem que se fosse assim, eu deveria apreciar a ironia... sei lá). Enfim... todo mundo diz que o que toca naquela propaganda é Mop Top, gente, se liga. Brincando no youtube achei a banda, o clipe, o site, e pelo soulseek pequei a discografia.
Amigos, Shout Out Louds é pra ficar no coração, não importa o que o Augusto diga.

sábado, 24 de novembro de 2007

A Raposa.

E foi justamente nesse sábado falido e vetado que abri o livro mil vezes já relido, numa pagina aleatoria e li algo que, claro, fez sentido. É algo, que não necessita de comentários ou explicações. Apenas leia... certamente você já leu antes.

“... E, deitado na realva, ele chorou.

E foi então que apareceu a raposa:

– Bom dia – disse a raposa.
– Bom dia – respondeu educadamente o pequeno príncipe, que, olhando a sua volta, nada viu.
– Eu estou aqui, – disse a voz, debaixo da macieira...
– Quem és tu? – perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita...
– Sou uma raposa – disse a raposa.
– Vem brincar comigo – propôs ele. – Estou tão triste...
– Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
– Ah! Desculpa – disse o principezinho. Mas, após refletir, acrescentou:
– Que quer dizer "cativar"?
– Tu não és daqui – disse a raposa.
– Que procuras? – Procuro os homens – disse o pequeno príncipe.
– Que quer dizer cativar?
– Os homens – disse a raposa – têm fuzis e caçam.
É assustador! Criam galinhas também. É a única coisa que fazem de interessante. Tu procuras galinhas?– Não – disse o príncipe. – Eu procuro amigos.
– Que quer dizer “cativar”?
– É algo quase sempre esquecido – disse a raposa.
Significa "criar laços"...
– Criar laços?
– Exatamente, disse a raposa. Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim.
Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
– Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens também. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol.
Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra.
Os teus me chamarão para fora da toca, como música.

E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo?

Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! – Mas tu tens cabelos dourados.

E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo, que é dourado, fará com que me lembre de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo...

A raposa calou-se e observou muito tempo o príncipe:
– Por favor, cativa-me! disse ela.
- Eu até gostaria – disse o principezinho – mas eu não tenho
muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a
conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa.
– Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma.
Compram tudo já pronto nas lojas.
Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? – perguntou o pequeno príncipe.

– É preciso ser paciente – respondeu a raposa

– Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva.
Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada.
A linguagem é uma fonte de mal-entendidos.
Mas cada dia, te sentarás um pouco mais perto...
No dia seguinte o príncipe voltou.
– Teria sido melhor se voltasses à mesma hora – disse a raposa.
– Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz! Quanto mais a hora for chegando, mais me sentirei feliz! Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!

Assim o pequeno príncipe cativou a raposa. Mas, quando chegou a hora da partida, a raposa disse:

– Ah! Eu vou chorar.

– A culpa é tua – disse o principezinho. – Eu não queria te fazer
mal; mas tu quiseste que eu te cativasse...

– Quis – disse a raposa.

– Então, não terás ganho nada!

– Terei, sim – disse a raposa – por causa da cor do trigo."

Ah, o pequeno principe...

domingo, 18 de novembro de 2007

Here's a song from deep in the hole.

Mas o que é que eu faço com o pouco que consigo se eu quero muito mais?
As vezes é preciso abaixar as armas e deixar que a caça se aproxime, não é? Eu nao posso ficar atirando pra tudo quanto é lado esperando que um passaro caia na minha cabeça. É feio. Eu acho feio.
Eu sei o que eu quero e não sei como conseguir... exatamente o oposto do que o Johnny Lydon (ou Rotten, você escolhe) cantava nos idos anos 70 .
Ó amyga, to insatisfeita, tá vendo?
Vocês não estão co-la-bo-ran-do. Vou demiti-los, tipo o Justus, só que eu pisco.

la la la la la la la la la
sick from the sea sick from the air
sick from the view there's nobody there
just want a taste to feel like i did
the night that you came to the hole where i hid
when they let you down it's all you need to know
here's a song from deep in the hole

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

8 fatos.

Foi pro fotolog, vem pra cá tbm.

1 - O meu gosto musical varia de acordo com a frequencia que formato meu computador. Simples assim... dificilmente eu faço download do mesmo cd da mesma banda duas vezes. As vezes acontece também de eu pegar um monte de cd e dvd gravaveis, passar tudo pra eles e começar a baixar tudo de novo. Eu sou viciada em download de musica, mas devo admitir também que apesar de ouvir bastante coisa eu nao manjo nada de porra nenhuma.

2 - Eu decidi o que queria fazer na faculdade quando estava ainda no primeiro colegial... e sempre estudei pra chegar nisso. Só no ultimo ano do colégio que eu fiquei em duvida sobre rádio e tv ou ciencias sociais... prestei sociais na usp e quase passei, mas meu futuro era no audiovisual mesmo e cá estou terminando o segundo ano. Mas a real é que apesar de saber que quero trabalhar nos bastidores, até agora nao consegui me decidir onde! huaihsuasa... sei que produção nao é comigo. telefone nao é comigo, eu gosto de direção de arte (vcs já devem saber), mas também gosto e muito de direção de cenas e de todo o processo de finalização: decupagem, montagem, edição, efeitos e trilha. Sim, eu sou confusa e ainda nao sei o que quero de verdade.

3 - Eu sou migrante dentro do meu proprio território. Eu consigo falar com todo mundo e conhecer um monte de pessoas e mesmo assim só ser amiga de 2 ou 3 no maximo. Tá, eu sei que nao me esforço muito e nem quero... O ruim é que as vezes a gente precisa de um grupo mais forte pra poder depender em certos momentos e nem sempre eu tenho isso. O que nhé...

4 - Eu sou a unica menina entre 3 meninos aqui em casa. Minha mae sempre quis ter uma penca de filhos e diz que nunca se imaginou com uma menina... Ela também só me resgistrou tipo uma semana depois que eu nasci, pq ela e meu pai nao conseguiam escolher meu nome... acabei chamando larissa, mas ouvi a vida inteira (e claro, ouço até hoje) que se ela tivesse outra filha colocaria o nome de vitória. Enfim, sou a unica menina e as pessoas costumam achar que por isso eu sou super mimada e bem cuidada, mas é exatamente o contrário... nao sei explicar o porque, mas ser a unica menina acabou me deixando apagadinha, com tantos meninos minha mãe acabou esquecendo que tem uma menina... Ainda nessa onda de ser a unica menina, eu sou um grande menininho em potencial, eu falo palavrão, faço piadas de baixo nivel e muitas outras coisas que "só menino faz"...

5 - Mesmo sendo um menininho em potencial, eu consigo me manter su-per feminina. Ok, nao super, mas eu a-do-ro usar vestido e saia, e maquiagem, e fazer a unha e todas essas coisas de mulherzinha. Eu também lavo, passo, cozinho, costuro, tricoto, toco piano e fiz balé... Uma verdadeira daminha. Eu sou muito uma perua enrustida, como diz a marta.

6 - Quando eu era pequena eu sempre quis usar óculos e aparelho, mas nunca precisei... Hoje aos 20 anos, tenho miopia e astigmatismo e minha mordida tava tão cruzada que tive que usar por 8 meses um aparelho bizonho e fixo que abriu meu céu da boca, e na quarta feira coloquei o aparelho fixo clássico, aquele bem de nerd.

7 - Eu odeio fazer listas, eu sempre acabo esquecendo alguma coisa/pessoa e colocando coisas/pessoas que nao são importantes de verdade hsuaidfhdsuf... tipo no meu aniversário eu mandei uma lista com todo mundo do meu orkut pro negocio lá, gente com quem eu nem falo direito... e claro por nao falar direito nao convidei hasudfihsdufihsdufihdsfiuadshfuiads. é.

8 - Eu tenho 3 amigas de infancia. A dani, a tata e a bia. A dani, é minha praga que eu amo e nao vivo sem, a tata foi morar no paraná, mas é como se a gente estivesse sempre perto uma da outra. a bia ainda mora aqui e nao muito longe, mas a gente seguiu caminhos meio diferentes... o que nao significa que nao somos amigas ainda...

FIM.

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

A troca.

Coloquei o meu aparelho em fevereiro... depois de alguns dramas me acostumei e apeguei a ele. Oito meses se passaram e lá estava eu mais uma vez na cadeira da Dra. Olga.
-Alguma dor recentemente?
-Há umas duas semanas doeu do lado esquerdo, mas foi pouco...
-Então vou tirar
E não é que ela tirou? Puxou de novo com as mãos e um lado saiu... o outro, claro, não. Então ela pegou um alicate e puxou com mais força. Saiu. Aiiii que saudades dos meus dentes de senti-los e sentir a comida com eles. Senti-los em parte, porque ela não tirou o cimento deles, então...
-Vai viajar no feriado?
-Vo nada, por que?
-E quarta feira, tá livre?
-Ahn... acho que to... por que?
-Então 10 horas, pode ser?
-Pra que?!
-Vou colocar o fixo em cima... quero colocar os braquets e o arco, se der tempo coloco as bandas também. Venha preparada.
-Ok, eu entrego meu artigo e venho pra cá (aqui vale mesmo um parenteses: terminei o artigo, entreguei o artigo e consegui deixa-lo não tão mediocre assim!).
Quarta-feira de manhã me lembrei que tinha prova de comunicação comparada exatamente no mesmo horario marcado para a colocação d'O Aparelho. Xaveco dado na professora, vou fazer a prova junto com o noturno só na proxima quinta feira.
Chego na Dra. Olga e o que descubro? Que o compressor tava zuado e o tecnico ainda nao tinha chegado pra arrumar e que dentista sem compressor nao é nada, pq boca molhada nao cola braquet. Uma hora esperando e o tecnico chega. Meia hora esperando e o tecnico "arruma o negócio". Mais meia hora para totalizar 2. e eu tenho um sorriso metálico. Mas sem as bandas, nao deu tempo de por as bandas.
14 anos pride. geek mór. Obrigada Brazil.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Um pensamento, um fato.

Rafael Takano - Aceito aparelhos celular Claro diz (22:20):
E o que eu estou falando é exatamente isso.
Rafael Takano - Aceito aparelhos celular Claro diz (22:21):
é voce mesma que não se deixa mover.
Rafael Takano - Aceito aparelhos celular Claro diz (22:21):
é voce que se boicota.

Outro dia mesmo estava no onibus e comecei a pensar sobre isso, que é um fato na minha vida.
Me peguei pensando "quem será que explica isso?". E que tem alguém que explica isso, eu sei que tem.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Baby, i'm rockin' without you.

Há quem diga por aí que eu tenho mal gosto. Ah que absurdo! Como assim mal gosto? Só porque vejo o que é belo onde não é tão obvio? Definitivamente discordo quando dizem isso aí, que eu tenho mal gosto.
Primeiro, não vou concordar que meu gosto é padronizado. Pensando bem eu posso dizer que ele é sim, não nos padrões da "grande massa", mas tá cheio de gente que acha o que eu acho bonito por aí. Acho até que dá pra fazer um parentese e dizer que eu acho que não existe mais apenas uma indústria cultural. Não não não, não há somente uma. Existe essa aí que nos consome e atinge diariamente, temos Jovempan, temos Rede Globo, temos UOL e Terra, temos Orkut. Agora vem me dizer que essa massa "indie", "alternativa" que cresce dia-a-dia não tem a sua própria indústria cultural? São centenas de blogs, foruns, sites de música e cultura, festivais, "baladas"... enfim. Vou concluir logo para não me estender demais, mas o que quero dizer é que nem os mais alternativos estão sozinhos. Eles também estão massificados. Meu gosto está massificado em algum movimento por aí.
O problema é quando meu gosto está sozinho dentro de um grupo onde o processo criativo é importante e a estética é fundamental. Esse ano de 2007 (e que já está acabando!) foi o ano de produção de rádio e Tv. A sala precisava ser dividida em duas turmas, "vamos separar em fundo e frente", "ok". E lá estava eu na turma do fundo. Hahaha, soa tão colegial.
Acontece, minha gente, que apesar de eu sentar no fundo eu não penso como a maioria deles e também não gosto do que a maioria gosta. E ainda pra piorar, o fundo é mais colegial do que vocês podem imaginar e menina não faz trabalho com menino. Tão bonito isso de panelinha. A patotinha dos menininhos e a patotinha das menininhas... Acontece, mais uma vez minha gente, que se meu gosto fosse se aproximar do de alguém "dessa turma", ele se aproximaria do dos meninos. Ou seja, passei um ano produzindo coisas das quais não gosto muito. Ai como dói ser uma sozinha.
O segundo semestre foi pior que o primeiro... porque no primeiro a gente produziu um sitcom e daí pá pum a turma inteira trabalhava junto em Tv. Agora no segundo a coisa dividiu de vez e eu ó, tomei no cu. Ok, não tomei no cu... mas é foda você ter que fazer um trabalho que você não gosta e não acha bonito. E ainda ser avaliado por isso. Vale dizer ainda que no decorrer do ano eu mudei de lugar na sala, fui sentar lá na frente e minha comunicação com as meninas do fundo só existia nas aulas de produção que neste segundo semestre quase não existiram: foram todas práticas.
Eu gosto que me façam pensar, eu quero fazer os outros pensarem, eu gosto de cores, de contraste alto, de luz estourada, de cortes secos, de passagens com continuidade, de planos próximos, de big close, de perfil e eu quero fazer isso nos meus trabalhos.
Nenhum dos meus trabalhos teve isso. Mais do que estéticamente falando (e que é muito importante numa peça audiovisual, convenhamos), eu quero que a mensagem que eu vou passar seja bacana, legal mesmo, que faça pensar. Não quero mais fazer monólogos sobre bebados que não dizem nada de interessante. E eu também não quero mais ter que usar o fundo verde do chromakey como cenário porque ninguém me informa nada e então eu não posso fazer uma das coisas que eu mais gosto de fazer: direção de arte. Não quero ter que colocar mil filtros num video, estragar a gama, não conseguir ajustar o contraste, porque alguém do grupo decidiu que o contraste da luz escura não era legal, porque esse alguém não entendeu que ver só as formas da pessoa era uma escolha estética para passar a mensagem.
Ontem fiz uma dancinha ridícula pra dizer que graças a deus, meu interdiciplinar não vai ser com elas.

domingo, 4 de novembro de 2007

Nanny Mcphee e minhas quase lágrimas.

Hoje eu cheguei da casa da Marta, chequei o Lucas, tomei meu banho.
Desci pra sala para ver um pouco de TV e peguei o finalzinho de Nanny Mcphee. Sabe? Aquele filme que a Emma Thompson escreveu o roteiro baseado numa série de livros de uma inglesa aí. Eu nunca cheguei a ver o filme inteiro, sempre pego o final. Só sei que ela é uma babá feia, tipo medonha mesmo, que vai trabalhar na casa de um solteirão que tem trocentos filhos que não querem que ele se case com uma malvadona aí.
Hoje eu quase chorei assistindo ao fim de Nanny Mcphee. Quão patético isso pode ser? Não sei se chorei porque o Colin Firth tá lindo e eu queria tar no lugar da mina lá, ou se é porque eu gosto tanto de romances ruins e meio (ou totalmente) clichês que até em filme infantil eu me deixo afetar.
Não vou contar o que me emocionou porque não quero estragar o final desse ótimo filme para aqueles que ainda não tiveram a sorte de assiti-lo, mas caso já tenha assistido, ou quando assistir, você vai saber exatamente a parte que me fez querer chorar. Se me conhecer bem.
Quão patético isso pode ser? Hahahaha, por favor, não me digam.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Valeu aê, ô universo.

Quando o dia começa errado: com você perdendo a hora brutalmente, porque foi dormir tarde achando que seu time ia ganhar do Flamengo em pleno Maracanã. O dia continua errado.
Não importa se teu pai te dá dinheiro e te dá carona até o ponto de onibus. Também não importa se vc pega um onibus relativamente vazio e senta logo. Não importa, simplesmente não importa.
Porque quando você chega na faculdade, uma hora e meia atrasada, as pessoas cretinas, ridiculas e egoístas que existem no mundo mediocre em que você vive VÃO ser ridiculas, cretinas e egoístas.
Quando isso acontece, não há o que você possa fazer, nobre perdedor.
Você vai sair da faculdade às 18:30, sem terminar o que precisava fazer. Você vai sair na chuva, o onibus vai jogar água de valeta em você e você vai terminar a noite sentado no computador.
Quando o dia começa errado, ele vai errado até o final. E nós, pobres ou nobres perdedores, apenas seguimos em frente, sorrindo diante de nossa própria pateticidade, da nossa e da de toda sitação, quando somos atingidos por aquela onda de água suja.
O universo conspira. Conspira ae, otário.